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CAMPANHA PEDE DNA DE FAMILIARES DE PESSOAS DESAPARECIDAS PARA AJUDAR NAS BUSCAS
07junho / 2021
Polícia Civil divulga o projeto de coleta de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, que tenta ampliar a base de informações da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos que reúne dados de todo o país
Famílias que buscam por pessoas desaparecidas estão sendo chamadas pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) para fornecer material genético e fortalecer o banco nacional de dados da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG).
A data escolhida para a divulgação da campanha foi o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas, comemorado nesta terça-feira (25). A delegada Bianca Landau, titular da Divisão Especializada de Pessoa Desaparecida, ressaltou a importância desta iniciativa, que segundo ela vai ajudar a localizar pessoas desaparecidas por meio do cruzamento de dados de todo o país. "A gente já faz essa coleta de material genético de familiares de pessoas desaparecidas há alguns anos, mas hoje estamos fazendo o lançamento de uma campanha nacional que está sendo capitaneada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública. Nosso objetivo é estimular os familiares de pessoas desaparecidas a comparecerem aos postos médicos legais e realizar a coleta do material genético, por que isso aumenta a possibilidade de solução para os casos de desaparecimentos", descreveu
A chefe-adjunta da corporação, a delegada geral Irene Angélica Franco, destacou o esforço feito pela Polícia Civil para conseguir o maior número possível de dados genéticos na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos. "As famílias precisam entender que este é um plus para ajudar a polícia na localização de seus entes queridos e por isso elas devem oferecer esse material", afirmou.
Ela explicou como funciona o uso destes dados, onde sistema compara o material genético de todos que dão entrada no banco de DNA. "Em uma ponta nós recolhemos o material genético do familiar e na outra ponta, que pode ser em Manaus, Amapá, ou qualquer lugar do Brasil, é encontrado um corpo, ou um condenado entra no sistema prisional e a amostra destas pessoas é colocada no sistema. Então se as duas pontas derem match elas vão se encontrar, então uma pessoa desaparecida aqui pode ser encontrada em outro lugar", explicou.
O perito Higgor Dornelas explicou que Minas Gerais teve mais de 12 mil casos de desaparecimento registrados nos últimos três anos, enquanto a atual base de dados consta com os dados genéticos de apenas 454 famílias. O objetivo é que o maior número possível de pessoas busquem os Institutos Médicos Legais das 24 cidades onde o material genético será recolhido entre os dias 14 e 18 de junho.
As coletas serão realizadas no Instituto Médico Legal Dr. André Roquette, em Belo Horizonte, e nos seguintes Postos Médico Legais do interior do Estado: Betim; Vespasiano; Juiz de Fora; Uberaba; Lavras; Divinópolis; Governador Valadares; Uberlândia; Patos de Minas; Montes Claros; Ipatinga; Barbacena; Curvelo; Teófilo Otoni; Unaí; Pouso Alegre; Poços de Caldas e Sete Lagoas.
ORIENTAÇÕES PARA O REGISTRO DE DESAPARECIMENTO
A delegada Bianca Landau aproveitou o Dia Internacional das Crianças Desaparecidas para refutar alguns mitos envolvendo o acionamento da polícia em casa de crianças desaparecidas. “Há dois pontos muito importantes a serem destacados. Em primeiro lugar, os familiares de pessoas desaparecidas não devem esperar 24 horas para registrar o desaparecimento; quanto antes essa ocorrência for registrada, mais chances de resolutividade do caso. Outro ponto importante é a necessidade de registro da localização da pessoa que se encontrava desaparecida. Logo que a pessoa for encontrada, ela ou um familiar de primeiro grau deve se dirigir a uma unidade da Polícia Civil ou Militar e, então, registrar essa localização, para que seja possível cessar a divulgação de dados e imagem", afirmou.