.

Dos 184 Delegados de Polícia nomeados no penúltimo concurso da PCMG de 2021, 51 já deixaram a instituição e outros 50 também poderão sair, pois já foram aprovados em outros concursos e estariam apenas aguardando a nomeação. Estes dados foram apresentados ao Sindepominas no início de junho pela Comissão dos Delegados que representa os 141 candidatos excedentes, aprovados, no último concurso, em um levantamento detalhado sobre o déficit de policiais civis no Estado de Minas Gerais. Na prática, os concursos não conseguem suprir nem a evasão dos candidatos aprovados no próprio certame, sem considerar, inclusive, os falecimentos, afastamentos e os policiais que se aposentam.

O estudo também evidenciou que o déficit atual no quadro de Delegados é de 900 servidores, sendo certo o incremento deste número mesmo diante da nomeação dos candidatos aprovados no certame de 2018. Antes da nomeação dos excedentes do certame, eram 879 cargos vagos e, atualmente, somam-se 900 cargos vagos. “A Polícia Civil de Minas Gerais está caminhando a passos largos para o colapso de suas atividades por falta de pessoal”, aponta o relatório.

Os drs. Bruno Caputo e Eduardo Vital, membros da Comissão, foram recebidos pela Dra. Camilli, presidente do Sindepominas, que reiterou o trabalho permanente da entidade junto à chefia da Polícia e também aos deputados estaduais para que governo estadual estabeleça uma política e um planejamento de longo prazo para acabar a defasagem histórica de recursos humanos em todas as carreiras da PCMG. Outra solicitação do Sindepominas ao poder executivo é que haja investimentos na Academia de Polícia Civil para ampliar a sua capacidade de absorver mais turmas simultâneas nos cursos de formação. O Sindepominas se comprometeu a ampliar a divulgação do relatório da Comissão junto à imprensa em todo o Estado de Minas Gerais.