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POLÍCIA DESARTICULA 'MELHORES DE BELÔ', MAIOR GRUPO DE PICHAÇÃO DA CAPITAL
16agosto / 2021
Dos oito mandados de prisões preventivas, três foram cumpridos e cinco criminosos estão foragidos
A Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), desencadeou na manhã desta sexta-feira (13), a operação 'Guardiões do Meio Ambiente', que teve como objetivo desarticular o que é considerada pela instituição a maior associação criminosa de Belo Horizonte com atuação em crimes de pichações e dano. Quinze pessoas ligadas ao "MB", que significa "Melhores de Belô", foram denunciadas, sendo que oito tiveram os mandados de prisões expedidos. Dessas, três foram presas e cinco estão foragidas.
De acordo com a polícia, há cerca de dois anos foram identificadas várias pichações na capital de forma indiscriminada. "Começamos a realizar um trabalho de inteligência e começamos verificar que por trás das pichações isoladas existia uma associação criminosa de indivíduos voltada para a prática de pichações e de dano patrimonial particular e público. Começamos a solicitar diversos mandados de busca e apreensão", explicou o delegado Eduardo Vieira.
Segundo ele, durante a investigação foram apreendidos os materiais usados para as pichações, como cordas de rapel, latas e rolos de tintas, tintas spray e celulares dos investigados. Em um dos prédios alvo dos criminosos, o laudo pericial constatou dano patrimonial e ambiental maior que R$ 700 mil.
"O inquérito policial foi concluído, fizemos os indiciamentos e o Ministério Público recebeu essa investigação e promoveu a denúncia desses indivíduos, que agora se tornaram réus em uma ação penal. A gente conseguiu a expedição de oito mandados de prisões preventivas e oito de busca e apreensão", detalhou o delegado.
TATUAGENS
A organização do grupo chamou a atenção dos policiais civis. Os integrantes tinham tatuagens com a sigla do bando, "MB". "Conseguimos arrecadar nas investigações camisas com as siglas desse grupo, tudo no sentido de fazer a identificação, de marcar no âmbito de Belo Horizonte e no âmbito desse meio criminoso quem são eles. O que a gente quer é que o cidadão de bem, que quer ver a cidade limpa, que procure a Delegacia de Meio Ambiente. Através desse trabalho investigativo, nós já conseguimos identificar a marca de cada um desses pichadores que tanto geram danos nefastos ao patrimônio", finalizou Vieira.
VAZAMENTO DE INFORMAÇÃO
Através de um celular, a polícia identificou que o grupo pode ter ligação com alguém do poder judiciário, uma vez que um mandado de busca e apreensão havia sido vazado. Um novo inquérito vai investigar o caso.
Os bandidos vão responder por associação criminosa e crime de pichação. Somadas, as penas podem chegar até quatro anos de prisão. A investigação continua para identificar outros integrantes da quadrilha.
SEM RESPOSTA
A reportagem de O TEMPO aguarda um posicionamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em relação ao possível envolvimento de alguém do poder judiciário ter ligação com o grupo criminoso.