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POLÍCIA DE MG VAI INVESTIGAR SE ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ESTÁ ENVOLVIDA EM TENTATIVA DE VENDA DE BEBÊ, DIZ DELEGADO
08maro / 2018
De acordo com Christiano Xavier, possibilidade de ligação do caso com tráfico internacional de pessoas também será apurada. Suspeita de tentar vender criança e outras 4 pessoas foram detidas
O delegado Christiano Xavier afirmou, nesta quarta-feira (7), que a Polícia Civil de Minas Gerais vai apurar se há uma organização criminosa envolvida na tentativa de venda de uma criança. Uma mulher que havia acabado de dar à luz foi detida, na noite desta terça-feira (6), no Hospital Municipal de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O bebê seria entregue para quatro pessoas, do Rio de Janeiro, que também foram presas.
“A gente vai investigar justamente essas pessoas do Rio de Janeiro que estão conduzidas na delegacia para gente ter a certeza se é um caso de uma família que realmente quer cuidar de uma criança ou se são pessoas que estão querendo pegar criança para revender e colocá-la no mercado aí, quiçá internacional”, disse o delegado.
O bebê nasceu de parto normal. Os funcionários da recepção do hospital começaram a suspeitar quando um homem se identificou como o pai e pedia informações sobre a criança.
“Isso alertou a assistente social do complexo. Ela achou estranho porque isso não é comum. Informações aos pais geralmente são dadas no quarto”, contou o diretor-geral da unidade de saúde, João Pedro Machado.
A Polícia Militar (PM) foi chamada e soube, pela mãe, que ela pretendia doar o filho para um casal que conheceu em grupos de redes sociais, especialmente criados para intermediar doações de crianças. Pelo celular da mulher, a polícia teve acesso à troca de mensagens. Entre elas, havia conversas sobre a falsificação de documentos para criança ser registrada no nome de outra mãe.
“A versão que eles trazem para gente é que ela iria doar essa criança. No entanto, através das conversas das redes sociais, a gente constata que tem promessas financeiras no meio dessa negociação também para entregar a criança”, explicou o tenente Thiago Rangel.
Os outros quatro detidos foram presos em flagrante na porta da maternidade. Um casal é suspeito de ter interesse na criança, e outras duas pessoas são suspeitas de agenciar essa negociação.
Quem promete entregar o filho em troca de recompensa, se oferece para comprar ou se envolve na negociação comete crime e pode pegar de um a quatro anos de prisão.
A mãe está sendo ouvida pela polícia no hospital e vai passar por avaliação psicológica. Só depois, será decidido se a criança permanece com ela.