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POLÍCIA CIVIL FAZ BUSCAS NA APM, DE PROTEÇÃO VEICULAR
13julho / 2017
Associação já havia sido proibida de anunciar e vender; irregularidades vão de venda irregular de seguro a carros frutos de roubos
A APM Brasil – Associação de Proteção a Motos e Veículos –, sediada em Contagem, foi alvo de operação da Polícia Civil ontem. As portas da sede da empresa chegaram a ser fechadas. O coordenador de operações policiais (COP) do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), delegado Cláudio Utsch, conta que, nas buscas e apreensões nas casas do presidente e do gerente da associação, foram encontradas armas de fogo e documentos que lotaram uma van.
O delegado explica que há várias ilegalidades, entre elas a atuação no segmento de seguro, embora o nome usado seja o de proteção veicular. Para comercializar seguro, as empresas devem ser cadastradas na Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão ligado ao Ministério da Fazenda. E a APM não é cadastrada.
Além disso, segundo Cláudio Utsch, a associação não pagava Imposto de Renda. “Essas empresas são utilizadas para colocar veículos produtos de furto ou roubo em circulação”, diz. “Eles transplantavam chassis e sinais identificadores de veículo danificado por acidente para ser utilizado por veículo roubado”, completa, explicando que a polícia recebeu denúncias.
Procurada pela reportagem, a associação, por meio de nota, confirmou que a Polícia Civil esteve em sua sede para solicitar informações e documentos. “Os representantes foram convocados para prestar depoimento e depois liberados. A associação informa que está prestando todos os esclarecimentos necessários e reforça que suas unidades estão abertas”, diz a empresa.
O associado da APM Davi Nazário relata que tinha um bom relacionamento com a APM, até seu carro ser roubado, em fevereiro deste ano. Ele não foi ressarcido. “Apresentei todos os documentos necessários, fiz todo o trâmite exigido. Eles disseram que não poderiam me indenizar, que havia divergências encontradas por uma sindicância interna, mas não me informaram o que aconteceu. Assim, o caso foi parar na Justiça”, diz.
Venda proibida. No mês passado, o juiz substituto da 3º Vara do Tribunal Regional Federal da 1ª Região determinou que a associação não poderia mais vender nem anunciar o serviço de proteção veicular. Também ficou determinada a suspensão imediata de qualquer cobrança de valores de seus associados ou consumidores.